Monster Hunter Wilds – Análise

Ao lado das suas franquias irmãs, como Street Figther e Resident Evil, a Capcom nos traz mais um capítulo da famosa franquia de caça a monstros gigantes: Monster Hunter Wilds. Após o enorme sucesso de Monster Hunter World, do qual vendeu milhões de cópias e sendo um dos títulos de maior sucesso da Capcom na 8ª Geração de Consoles, Monster Hunter ganha mais um novo capítulo à essa caça de monstros enormes com Wilds.

Em Monster Hunter Wilds, partimos em uma expedição para explorarmos as Terras Proibidas. Terras das quais fossem ser inabitadas por humanos, apenas por monstros. Ao chegar em tal local, encontramos Nata desmaiado no deserto, um sobrevivente de uma tribo que habita as Terras Proibidas, dizendo que a sua tribo foi atacada pelo Espectro Branco, um monstro grande e totalmente desconhecido pela Expedição. E com isto, a nossa missão se torna de descobrir o que é esse Espectro Branco e se ele ameaça a vida de todo o ecossistema do qual se encontra.

Durante a história, além de sermos acompanhado pelo nosso fiel companheiro Amigato, conhecemos também diversos outros personagens secundários, como a Alma, sendo a pessoa que autoriza ou não a caça de monstros em nome da expedição. Conhecemos também a Ferreira Gemma, da qual constrói novos equipamentos e armas para nós e nosso Amigato, dentre outros personagens.

A história e os personagens que são apresentados no jogo, diferente de instâncias anteriores da série, a história acaba sendo um pouco mais desenvolvida e aproveitada, possuindo uma maior interação até mesmo do nosso próprio personagem com os demais NPCs, possuindo até voz própria. Os personagens secundários acabaram ganhando também uma história de origem, dando assim uma maior personalidade aos mesmos. E com tais mudanças que a Capcom fez a esse mais novo título, tornou-o não só um jogo de onde só caçamos o monstro por caçar, mas deu um motivo a mais do por quê é realizada tais caças.

Assim como é de se esperar em qualquer jogo que seja a sequência de outro, são esperadas novidades no gameplay, e Monster Hunter Wilds consegue nos trazer ótimas novidades nesse quesito. E uma dessas novidades, é a capacidade de chamar NPCs para lutar ao seu lado ao disparar o Sinal de SOS. Anteriormente, os jogadores tinham que disparar o Sinal e aguardar jogadores responderem o sinal para conseguirem entrar na partida. Desta vez, em Wilds, jogadores podem adentrar a sua partida desde que haja vagas, porém ao disparar um Sinal, serão enviados NPCs para te ajudar durante a caçada, e os jogadores vão substituindo os NPCs até completar o máximo permitido, que é de 4 jogadores em uma caçada.

Assim como todo título novo da série, aqui também temos novos monstros que estão fazendo a sua estreia, alguns exemplos são o Arkveld, um dragão com correntes em seus braços frontais, Quematrice, uma galinha enorme com uma cauda grande que consegue jogar pólvora e queimar seus alvos, Balahara, aparência de um verme de areia gigante. Estes são só alguns exemplos de monstros novos, além de claro, monstros famosos da série fazem seu retorno aqui, como Rathalos, Gore Magala, Gravios, entre outros.

Outra novidade, é que normalmente quando vamos caçar, demorava um tempo considerável para conseguirmos concluir a caçada em títulos anteriores. Em Wilds, temos caçadas que não duram exageradamente, o que é algo que podia afastar pessoa, mas desta vez, está mais acessível até mesmo a jogadores novos da franquia. Não é algo que facilita a caçada tornando os monstros mais fracos, muito pelo contrário, os monstros continuam a atacar de forma agressiva causando bastante dano, mas o tempo para concluir uma caçada não é mais tão grande. Também foi adicionada a mecânica de Ferimentos, que são machucados que os monstros adquirem quando são continuamente atacados em um lugar no seu corpo, deixando um ferimento vermelho, e caso o jogador ataque de forma focada tal ferimento, causará um dano maior ao monstro.

Além disso, tivemos melhorias na nossa locomoção pelo mundo de Wilds com a adição de uma galinha gigante como montaria, o Seikret, do qual pode planar ao saltar de lugares altos, subir rapidamente por trepadeiras ou correr rapidamente enquanto estiver na chão. É possível personalizar o Seikret, deixando-o mais a cara do jogador. Além disso, com esta montaria não precisamos ficar indo para a base para realizar a troca de arma, pois ao estarmos montado neles, podemos simplesmente apertar para Direita pelo D-Pad para equiparmos a nossa arma secundária e guardar a primária, tornando a mudança muito mais rápida e eficaz, desde que a mesma esteja equipada.

E uma mecânica que foi adicionada no jogo, é que, cada mapa de Monster Hunter Wilds tem suas estações, como se fossem as nossas próprias estações do ano, além de ter a passagem de tempo, de dia para noite. Em cada estação, aparecem monstros diferentes em diferentes horários do dia, tal como mudando também o ambiente. Um exemplo disto, é na Floresta Escarlate, onde se for o período de Fartura, a Floresta estará inundada e encontraremos mais animais aquáticos espalhados pelo mapa.

Diferente dos outros jogos, onde tínhamos que ir para o balcão de missões para se juntar a uma caçada já iniciada, a Alma, uma das personagens da expedição, ela nos acompanha sempre ao explorarmos os locais, mesmo estando fora ou dentro de caçadas. Ao falarmos com ela, teremos acesso ao Balcão de Missões, onde podemos publicar caçadas ou nos juntar. Facilitando ao jogador a capacidade de se juntar a caças, já que aqui não temos um HUB como em outras instâncias da série, mas sim acampamentos centrais espalhados pelos mapas.

Durante a jornada, pude jogar no Modo Performance e no modo Equilibrado. Apesar do modo Performance fornecer uma alta taxa de quadros por segundo constantes, a qualidade visual do jogo acaba sendo bastante prejudicada. Não consegui perceber diferenças do Beta para a versão final do jogo, apesar de estar jogando o mesmo no PS5 Pro, acredito que um trabalho a mais nesse modo poderia ser bem vindo, entregando uma resolução maior, devido o poder extra deste console, pois a qualidade visual do mesmo aparenta estar igual do PS5 normal. O modo Equilibrado utiliza o VRR (Variable Refresh Rate, ou Taxa de Atualização Variável) para entregar uma fluidez maior comparado ao modo performance, porém entregando uma qualidade visual maior, com Ray Tracing, além de ser executado em 40 FPS. Tal modo, após ser acostumar, acaba sendo o mais vantajoso quando comparado a outros, entregando uma fluidez comparável ao modo performance.

Cópia do Jogo adquirido pelo redator para PS5.