Black Myth: Wukong – Análise

Jackson FrançaAnálises21/05/202523 Visualizações

Desenvolvido pelo estúdio chinês GameScience, e sendo seu título de estreia, Black Myth: Wukong chega em nossas mãos, para assim nos aventurarmos em uma história baseada na Jornada ao Oeste, um conto famoso no continente Asiático retratando o Rei Macaco, ou Sun Wukong.

A história do jogo ocorre após o conto da Jornada ao Oeste, da qual Wukong e mais dois amigos, partem em uma missão para proteger o monge Tang Sanzang durante a sua peregrinação em busca de escrituras budistas na Índia. No fim de tal jornada, Wukong e seus amigos foram prometidos o perdão de seus pecados. Após tal jornada, Sun ousa desafiar os deuses e se envolve em uma luta com Erlang, uma das divindades desse universo, e acaba perdendo a luta. Com tal derrota, seus poderes, são dispersadas ao redor do mundo.

Em Black Myth: Wukong, somos o Predestinado, um, dentre vários macacos treinados pelo Macaco Ancião do Monte Huaguo, para obtermos poderosas relíquias que um dia pertenceram a Sun Wukong, da qual possui os poderes do mesmo. Com isto em mente, diversos macacos saem do Monte Huaguo em busca de tais relíquias, e nós, somos um deles. Com isto em mente, iremos notar bastante referência a Jornada realizada por Sun, como personagens que participaram nessa jornada, incluindo alguns acontecimentos da mesma.

Assim como o lendário Sun Wukong possuía um bastão como arma, em Black Myth, também usaremos um como nossa principal arma, e junto disto, iremos também ter acesso a diversas posturas que são desbloqueadas através da árvore de habilidades. Ao executarmos os ataques básicos ou ao realizar esquivas perfeitas, vamos enchendo uma barra de foco, do qual a cada barra cheia, ganhamos pontos de foco, do qual é utilizado para executar Golpes Pesados.

No jogo, possuímos também as Posturas, e cada uma destas posturas influenciam o golpe pesado, consumindo um ponto de foco, podendo ser um Golpe mais rápido ou um mais lento, porém com um dano alto, cabendo ao jogador decidir qual postura deseja utilizar em cada momento. Além disto, os combos básicos são iguais em todas as posturas. Quanto mais Pontos de Foco possuir no momento de executar o Golpe Pesado, a animação será diferente, podendo ir da mais básica, sendo um salto em direção ao inimigo, ou até um salto enorme, girando o bastão, e atacando o inimigo com uma força tremenda.

A árvore de talentos em Black Myth é dividida em diversas seções, como atributos, combate e magias. Além disto, para obter pontos para distribuir, aqui chamado de “Faíscas”, é preciso que evolua de nível, mas ao evoluir, você não irá ganhar mais Vida, Mana ou Vigor, sendo o único ganho a Faísca, para distribuir na árvore. Cada seção possui pequenas sub árvores internas que melhoram um aspecto individual do predestinado, como citado anteriormente.

E como dito anteriormente, a nossa arma, o Bastão, tem suas variações. e tais variações possuem sua própria Árvore de Evolução. Com isto, você vai melhorando-o, e um mesmo bastão pode evoluir para diversas outras formas, só sendo necessário ter os materiais, que são derrubados pelos inimigos, chefes, ou pegando pelos baús espalhados pelos locais em que passamos. Além disto, nenhum material é desperdiçado, pois sempre que queira voltar para uma evolução anterior ou ir para outro nó da árvore, você irá obter de volta os materiais gastos.

Black Myth: Wukong possui também Espíritos e Relíquias, dos quais são recursos mágicos que nos dão um dinamismo maior no combate. Os Espíritos nos permitem nos transformar em um monstro de forma rápida, para realizar um ataque com um dano massivo, sendo que alguns espíritos podem infringir status negativos nos inimigos, como também, fornecem atributos de forma passiva, como aumentar a defesa, ataque ou o ganho, dentre outros. Já as Relíquias, são uma espécie de acessório ativo, que podem fornecer também atributos de forma passiva, como maior defesa, resistência a um certo elemento ou melhoria na movimentação. Só é possível equipar uma relíquia por vez, e a mesma fica ativa por um certo momento, dependendo da qual está utilizando. Ambos os recursos necessitam que sua Barra de Qi individual fique cheia para utilizar, podendo completar o medido em combate ao atacar inimigos ou descansar em Santuários.

E citando os Santuários, além permitir Descansar, que assim como outros jogos, como Elden Ring, Nioh, os inimigos ressurgem e todos os recursos são totalmente preenchidos ou resetados (tempo das magias), e consumíveis também, caso tenha unidades armazenadas. Além disto, através dos Santuários podemos viajar para outras regiões, não se restringindo ao local onde estamos. É possível também evoluir os bastões, criar armaduras, criar consumíveis ou comprar materiais para criá-los.

Em relação a ambientação, possuem uma boa variação, possuindo desde locais lineares, mais abertos a locais mais fechados. A ambientação ao menos, foi muito bem trabalhada, como florestas sendo incrivelmente bem feitas, com cachoeiras, pequenos riachos, e principalmente a iluminação. E em cada local, normalmente possuímos pequenas Missões secundárias, das quais conseguimos obter itens para melhorar os bastões ou realizar a criação das armaduras. Algumas destas missões, expandem mais ainda a história da região.

O combate do jogo não chega a ser extremamente difícil, mas possui alguns chefes que nos deixam de cabelo em pé, devido os seus ataques serem rápidos e bem amplos, caso não se esquive a tempo. Para um primeiro jogo de um estúdio novo, o jogo possui uma ampla variedade de inimigos entre seus locais, do qual esperava bastante repetição de inimigos, mas não é assim que ocorre. Apesar de ter alguns inimigos com aparências idênticas ou mudando somente a cor, os mesmos possuem ataques adicionais. Por exemplo, alguns você só vai encontrar na local da Neve, e outros inimigos você só vai encontrar numa área da Floresta.

Ao finalizar cada capítulo, somos apresentados a belíssimas animações, das quais contam com diferentes direções de arte, tornando cada uma bem única.

Em relação ao Modo Desempenho, do qual consegue entregar uma fluidez bem-vinda, porém ao custo da resolução ser baixa, ficando mais perceptível durante lutas intensas ou com bastante elemento em tela, serrilhado no modelos dos personagens, tal como nos efeitos em tela possuindo alguns artefatos visuais. O jogo utiliza a geração de quadros para conseguir entregar os 60 quadros por segundo, e por usar tal recurso, o tempo de resposta, o famoso Input Lag, era um pouco maior que o esperado, e o jogador pode levar bastante golpe até se acostumar.

Além disto, independente de qualquer modo que escolher escolher, iremos encontrar algumas texturas mal carregadas, ficando totalmente borradas, o que é proveniente da Unreal Engine 5, por ser um motor bem recente, e que possui esse problema de carregamento de texturas.

Veredito

Black Myth Wukong é o primeiro jogo desenvolvido pela Game Science, um estúdio chinês. O jogo nos fornece uma aventura com diversos ambientes, com um combate rápido, fluído, além de conhecer um pouco sobre a Jornada ao Oeste e seus personagens, apesar de possuir alguns problemas de desempenho, Black Myth Wukong consegue nos entregar um ótimo jogo bem fechado e redondo para o qual se propõe.

Nota

8.5

Cópia do Jogo adquirido pelo redator para PS5.

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